![]() LOCALIZAÇÃOPORTUGAL | CIDADE DE LISBOA | ![]() ÁREA DE INTERVENÇÃOAJUDA | ![]() ESQUEMAS SÍNTESEREFERÊNCIA | ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL E TIPOLÓGICA |
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BLOCOS MULTI-HABITACIONAIS | Ajuda, Lisboa
Orientação | Professor João Figueira
O projeto tem como local de intervenção um terreno na zona da Ajuda, em Lisboa, que constitui um vazio urbano onde existem apenas algumas habitações a sul.
A proposta urbana e o conjunto edificado foi desenvolvido numa primeira fase de grupo, tendo posteriormente cada elemento desenvolvido parte do edificado a uma escala mais pormenorizada e segundo diferentes referências.
O conjunto edificado desenvolve-se segundo uma retícula caracterizada por formas que se organizam contra o terreno, isto é, no sentido norte-sul e que retomam as escalas dos edifícios mais a norte e os que se situam na Travessa das Florindas, mais a Sul. Por outro lado, o edificado é também composto por formas que se organizam a favor do terreno, no sentido poente-nascente e que se diluem com as habitações da Rua D. Vasco e da Rua do Guarda Jóias, dando assim origem a um todo coerente com o edificado envolvente.
Esta forma edificada define um conjunto de vazios através do encerramento em quarteirões que constituem espaços exteriores ajardinados de carácter privado nas situações a norte do terreno e de espaços exteriores de carácter público nas situações a sul, onde se desenvolvem os espaços destinados ao comércio e espaço cultural.
Em termos de iluminação a configuração dos edifícios privilegia maioritariamente a disposição dos fogos a nascente-poente e evita também zonas de sombra permanente nos espaços exteriores.
O acesso aos quarteirões é realizado por pequenas passagens ao nível do piso térreo dos edifícios que permitem também a comunicação destes com a Rua D. Vasco e a Rua do Guarda Jóias.
Em relação à circulação no interior dos edifícios, cada um é composto por um sistema de acessos verticais e horizontais que fazem a ligação não só entre os pisos residenciais, mas também com os pisos de estacionamento e os estúdios que se situam nos últimos pisos.
Cada núcleo vertical de acesso serve através de uma galeria ventilada dois ou três fogos.
O edifício desenvolvido organiza-se em seis pisos, correspondendo os dois pisos inferiores a área de estacionamento e comércio, seguindo de três pisos de habitação e um ultimo de estúdios de trabalho.
Devido à sua forma simples e regular o sistema estrutural segue uma métrica reticulada, que contribui no processo construtivo e económico de um projeto, compatibilizando a conceção arquitetónica com o projeto de estruturas.
O sistema estrutural do edifício é constituído por um sistema ortogonal de eixos de modo a distribuir as massas por todo o conjunto para que as forças caminhem através dos seus elementos principais - laje, vigas, pilares – de forma eficaz até às fundações. O edifício constitui uma estrutural mista de pórtico e parede, sendo que as paredes foram colocadas nas caixas de escadas e elevadores, dando origem a vãos aproximadamente iguais nas direções ortogonais do edifício.
A organização espacial e funcional das diferentes tipologias têm como referência o projeto Alcantara-Mar-Housing, em Lisboa, do arquiteto Jean Nouvel. Deste modo, o modelo habitacional organiza o núcleo técnico, como a cozinha e instalações sanitárias, os arrumos e espaços de descanso pelas áreas laterais, libertando a área central para os espaços de carácter social, como a sala e zona de refeições, assumindo um papel de charneira a partir da qual se acede a todos os outros espaços. Esta disposição permite tirar partido de duas frentes distribuindo no seu interior os espaços de descanso a nascente e o espaço social a poente.
__Forma edificada definida em colaboração com Joseph Martins e Tabita Carvalho.