![]() LOCALIZAÇÃOPORTUGAL | CIDADE DE LISBOA | ![]() ÁREA DE INTERVENÇÃOBAIXA POMBALINA | ![]() ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO |
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![]() ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃOALTERAÇÃO DE REDE VIÁRIA E PROPOSTA DE EDIFICADO | ![]() ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃOALTERAÇÃO DA FORMA E ESTRUTURA DO EDIFICADO EXISTENTE | ![]() REFERÊNCIASESQUEMA FUNCIONAL PROPOSTO |
![]() PLANTA PISO 0 | ESC 1.200 | ![]() PLANTA PISO 1 | ESC 1.200 | ![]() PLANTA PISO 2 | ESC 1.200 |
![]() PLANTA PISO 3 | ESC 1.200 | ![]() PLANTA DE COBERTURA | ESC 1.200 | ![]() ALÇADOS | ESC 1.200 |
![]() CORTES | ESC 1.200 | ![]() ALÇADOS | CORTE - ALÇADO | ESC 1.200 | ![]() CORTE LONGITUDINAL | ESC 1.200 |
CENTRO DE ARTES INDEPENDENTES - REABILITAÇÃO DE UM QUARTEIRÃO NA BAIXA POMBALINA | Baixa-Chiado, Lisboa
Orientação | Professor Luís Afonso
O projeto de restauro de um quarteirão da Baixa Pombalina, na cidade de Lisboa, teve por base uma primeira fase de grupo onde foram definidas as orientações estratégicas de projeto urbano e de intervenção no edificado existente.
O conjunto edificado intervencionado corresponde ao quarteirão que se situa no extremo norte entre a Rua da Madalena e a Rua dos Fanqueiros, junto à Praça da Figueira.
O projeto de reabilitação teve como objetivo atribuir a este quarteirão um programa funcional de carácter cultural pela sua localização próxima da Praça da Figueira, potencializando assim a sua dinamização e tendo em conta as estratégias de intervenção e de novos equipamentos necessários para o retorno de população residente na Baixa de Lisboa definidas numa fase anterior, como por exemplo a pedonalização da rua dos Fanqueiros e a integração de uma Escola Secundária que deverá estar associada a este equipamento.
Desta forma, o projeto constitui um Centro de Artes Independentes que pretende ser um local de encontro para artistas independentes nacionais ou estrangeiros, que possam desenvolver e apresentar as suas obras neste espaço, com a possibilidade de estadia, sendo também uma instituição de formação artística de apoio aos jovens e turistas.
Surge assim um novo quarteirão com uma configuração idêntica aos restantes mas que comunica com as ruas envolventes em diferentes momentos devido à diferença de cotas entre a Rua da Madalena e a Rua dos Fanqueiros.
Tendo em conta a pedonalização da Rua dos Faqueiros, optou-se por um desenho de alçado maioritariamente permeável ao longo do seu percurso permitindo não só o acesso direto a esse espaço mas também despertar a curiosidade de quem por ali passa no caso de estar a ocorrer espetáculos no espaço aberto ao público no interior do quarteirão.
Em relação à organização funcional do edifício, no piso térreo é aproveitada a comunicação direta com a Praça da Figueira para o desenvolvimento de lojas artesanais permitindo o acesso também ao interior do quarteirão.
O percurso ao longo de todo o edifício realiza-se através de uma galeria que comunica visualmente com o exterior em toda a sua extensão.
O piso de acesso pela Rua dos Fanqueiros e o primeiro piso desenvolvem-se abaixo do nível de acesso pela Rua da Madalena, o que contribuiu para a definição de espaços que necessitam de pouca iluminação e de isolamento acústico eficaz como o estúdio de gravação, o auditório para que os artistas ou estudantes do centros possam expor as suas obras, bem como os espaços de exposições temporárias e permanentes.
Ainda no piso térreo e primeiro situa-se um café concerto que comunica com o espaço ao ar livre no interior do quarteirão onde se desenvolve um pequeno anfiteatro que permite a visualização de espetáculos no exterior.
No primeiro piso para além dos espaços referidos situam-se também nesta área os gabinetes de serviço administrativo, assim como a comunicação o espaço que resultou da interrupção no edificado que permite a comunicação entre a Rua da Madalena e a Rua dos Fanqueiros.
No segundo piso situa-se os espaços de workshops sob a Rua dos Fanqueiros, um espaço de biblioteca e multimédia, uma sala polivalente com copa de apoio e zona de refeições, uma oficina, salas de aula e gabinetes de trabalho que podem ser alugados temporariamente.
No piso seguinte desenvolvem-se ainda atelieres e salas de aula, gabinetes de trabalho e um espaço de biblioteca e estudo mais reservado.
Nos restantes níveis desenvolvem-se apenas no extremo do quarteirão sob a Rua da Madalena e são destinados aos atelieres para artistas que necessitam de residência, apresentando uma configuração dúplex e tirando partido de um espaço exterior privado com vista sobre a Baixa Pombalina.
Em relação ao sistema estrutural, uma vez que ideia era intervir sobre a configuração original do quarteirão, optou-se por um sistema estrutural metálico, aproveitando as fachadas exteriores do quarteirão que marcam a sua história, contrapondo com um interior permeável através de fachadas envidraçadas com uma estrutura em aço alusiva à gaiola pombalina mas através de materiais leves e de fácil construção.
__Proposta urbana definida em colaboração com António Vasconcelos, Diogo Simões e Fábio Mendes.